quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A historia tricolor

O Fluminense Football Club, fundado em 21 de julho de 1902, sediado em Laranjeiras, na capital fluminense, onde tem foro na Rua Álvaro Chaves nº 41, mantendo o seu Centro de Treinamento em Xerém, na Baixada Fluminense, é uma sociedade civil de caráter desportivo, considerada de utilidade pública pelo Decreto nº 5044, de 28 de outubro de 1926, publicado no Diário Oficial da União de 10 de novembro de 1926.

O Tricolor foi a primeira associação fluminense fundada para o futebol, sendo também o Decano dos grandes clubes brasileiros.

Sendo o clube que mais conquistou títulos estaduais no Estado do Rio de Janeiro no século XX, o clube alcançou o feito histórico de consagrar-se como Campeão Carioca do século.

O Fluminense ostenta, ao lado do rival Flamengo, a condição de maior campeão carioca de futebol com 30 títulos estaduais[1]. Porém, a conquista tricolor do Campeonato Carioca de 2002 permanece indicada no site da FFERJ como sob júdice, mesmo já tendo terminado o prazo para FFERJ julgar o recurso do Bangu, que não teria precedente na história do futebol [2].

Entre suas maiores glórias estão a Copa Rio de 1952, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, o Campeonato Brasileiro de 1984 e a Copa do Brasil de 2007, além das conquistas do Torneio Rio-São Paulo de 1957 e 1960, na época em que estes eram os campeonatos de maior nível técnico realizado no Brasil.

O Fluminense é o quinto clube que mais jogadores cedeu a Seleção Brasileira em Copas do Mundo, com trinta convocações [3], tendo sido o seu Estádio de Laranjeiras a primeira sede desta seleção, onde ela permaneceu invicta em 18 jogos disputados[4] .

Até o final da temporada de 2008, o time principal já tinha 2.618 vitórias, 1.170 empates, 1.264 derrotas, feito 10.281 e sofrido 6.265 gols em 5.052 jogos [5]. O Fluminense disputou, até o final deste mesmo ano, um total de 335 partidas contra clubes, seleções ou combinados estrangeiros, com 177 vitórias, 75 empates e 83 derrotas, com 733 gols a favor e 478 contra [6].

A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou em 12 de maio de 2007 o Decreto Oficial que cria o Dia do Fluminense e dos Tricolores, que é comemorado no dia 21 de julho, data de aniversário do clube. No âmbito do estadual, no dia 12 de novembro é comemorado o Dia do Fluminense, pela Lei nº 5094 de 27 de setembro de 2007[7].


O Fluminense Football Club, fundado em 21 de julho de 1902, sediado em Laranjeiras, na capital fluminense, onde tem foro na Rua Álvaro Chaves nº 41, mantendo o seu Centro de Treinamento em Xerém, na Baixada Fluminense, é uma sociedade civil de caráter desportivo, considerada de utilidade pública pelo Decreto nº 5044, de 28 de outubro de 1926, publicado no Diário Oficial da União de 10 de novembro de 1926.

O Tricolor foi a primeira associação fluminense fundada para o futebol, sendo também o Decano dos grandes clubes brasileiros.

Sendo o clube que mais conquistou títulos estaduais no Estado do Rio de Janeiro no século XX, o clube alcançou o feito histórico de consagrar-se como Campeão Carioca do século.

O Fluminense ostenta, ao lado do rival Flamengo, a condição de maior campeão carioca de futebol com 30 títulos estaduais[1]. Porém, a conquista tricolor do Campeonato Carioca de 2002 permanece indicada no site da FFERJ como sob júdice, mesmo já tendo terminado o prazo para FFERJ julgar o recurso do Bangu, que não teria precedente na história do futebol [2].

Entre suas maiores glórias estão a Copa Rio de 1952, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, o Campeonato Brasileiro de 1984 e a Copa do Brasil de 2007, além das conquistas do Torneio Rio-São Paulo de 1957 e 1960, na época em que estes eram os campeonatos de maior nível técnico realizado no Brasil.

O Fluminense é o quinto clube que mais jogadores cedeu a Seleção Brasileira em Copas do Mundo, com trinta convocações [3], tendo sido o seu Estádio de Laranjeiras a primeira sede desta seleção, onde ela permaneceu invicta em 18 jogos disputados[4] .

Até o final da temporada de 2008, o time principal já tinha 2.618 vitórias, 1.170 empates, 1.264 derrotas, feito 10.281 e sofrido 6.265 gols em 5.052 jogos [5]. O Fluminense disputou, até o final deste mesmo ano, um total de 335 partidas contra clubes, seleções ou combinados estrangeiros, com 177 vitórias, 75 empates e 83 derrotas, com 733 gols a favor e 478 contra [6].

A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou em 12 de maio de 2007 o Decreto Oficial que cria o Dia do Fluminense e dos Tricolores, que é comemorado no dia 21 de julho, data de aniversário do clube. No âmbito do estadual, no dia 12 de novembro é comemorado o Dia do Fluminense, pela Lei nº 5094 de 27 de setembro de 2007[7].


O Inicio do Profissionalismo, a Taça Olímpica e o Início da Era Maracanã (1933 a 1951)
É fundada a Liga Carioca de Futebol no dia 23 de janeiro de 1933, e com ela, nasce o profissionalismo. Mais tarde, a Liga Carioca fundaria a Federação Brasileira de Futebol. No primeiro campeonato carioca do profissionalismo, coube ao Bangu o título, ficando o tricolor com o vice-campeonato. O primeiro time de profissionais do Fluminense foi: Mattos, Ernesto e Nariz; Marcial, Brant e Ivan; Álvaro, Vicentino, Said, Sinhô e Walter. Said e Vicentino foram os artilheiros do time com 4 gols cada. Ainda em 1933, Preguinho daria entrevistas aos jornais dizendo que preferia permanecer como amador. Numa delas, chegou a dizer que assinaria contrato no valor de 1 tostão por um ano, ou seja, praticamente nada.

Em 1934, continua a briga entre as federações. A AMEA e a Liga Carioca de Futebol fazem campeonatos distintos. Era o ano de mais uma Copa do Mundo e a Liga Carioca de Futebol e a Federação Paulista, negaram ceder seus atletas para a Seleção Brasileira. O resultado foi uma Seleção recheada de jogadores do Botafogo (nove jogadores), único clube considerado “grande” que teimava em permanecer na Associação Metropolitana de Esportes Atléticos, jogando contra clubes inexpressivos. O resultado, foi a pior colocação alcançada pela Seleção Brasileira ao longo das Copas do Mundo. No Fluminense, as mudanças continuavam. Chega ao clube Adolpho Milman, o Russo, extraordinário atacante que daria muitas alegrias à nossa torcida, marcando ao longo da carreira 154 gols em 247 jogos.

Após o 5º lugar em 1934, os tricolores promovem uma revolução no futebol carioca e brasileiro, abrindo os cofres e contratando vários jogadores da forte Seleção Paulista, dentre os quais, o goleiro Batatais, o zagueiro Machado, o médio Orozimbo, o fenomenal Romeu Pelicciari e o fantástico ponta esquerda Hércules de Miranda. O time conquista o Torneio Aberto, mas deixa o título escapar para o América, ficando com o Vice-campeonato.

Em compensação, 1936 é um ano incrível. Após 12 anos sem títulos (o maior jejum de títulos do clube) o Fluminense volta a ser campeão carioca. Na melhor de três contra o Flamengo, dois empates (2 x 2, 1 x 1) e uma goleada por 4 x 1 dão ao Tricolor o título máximo da cidade novamente. O time campeão foi: Batatais, Guimarães e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Sobral, Romeu, Russo, Lara e Hércules. A partir deste ano, Fluminense e Flamengo disputariam ano a ano a hegemonia do futebol carioca e brasileiro. O Fluminense tinha o melhor goleiro do Brasil, o gigante Batatais, titular da Seleção Brasileira; contava com marcadores formidáveis como o incansável Carlos Brant; e com talentosos atacantes como Romeu Pelicciari – que encantava com os seus dribles e jogadas geniosas –, Russo e Hércules, que se destacava por seu chute fortíssimo com ambas as pernas.

Em 1937, o clube contrata Elba de Pádua Lima, o Tim, que junto com Hércules formaria uma das alas esquerdas mais famosas do futebol brasileiro. Com seus dribles secos para os dois lados, Tim era o craque que o Fluminense precisava para ser um time praticamente imbatível, o que de fato foi. O Tricolor tinha um time temido e respeitado, que vencia, goleava e dava espetáculo. E foi dando espetáculo que o clube chegou ao bicampeonato, vencendo 17 jogos, empatando 4 jogos e perdendo apenas 1. O time ainda conquistou o Torneio Aberto, vencendo Flamengo (4 x 1) e América (9 x 3). No Campeonato dos Campões, o time ficou com o vice-campeonato, perdendo o título para o Atlético-MG. O interessante, é que o Tricolor chegou a golear o time mineiro na primeira fase por 6 x 0. Coisas do futebol.

O Tricampeonato vem em 1938 por antecipação. Na última rodada, já campeão, a Máquina Tricolor formada por Nascimento (Batatais estava contundido), Guimarães e Machado; Santamaría, Brant e Orozimbo; Armandinho, Romeu, Sandro, Tim e Hércules goleia o América por 6 x 0 e ergue Taça Garnado de 2,15m de altura, conquistando o tricampeonato carioca, o segundo de sua história. No mesmo ano, o Tricolor também vence o Campeonato Municipal, e só não vence o Campeonato Brasileiro porque este ainda não existia. Além das conquistas, o Fluminense tem cinco jogadores na Seleção Brasileira que volta da Copa do Mundo da França com o seu melhor resultado em mundiais até então, o terceiro lugar: Batatais, Machado, Romeu, Tim e Hércules. Não fosse a insistência dos cartolas em manter Tim na reserva no jogo contra a Itália, quando perdemos por 2 a 1, talvez o Brasil pudesse ter retornado da França com o nosso primeiro título mundial.

O ano seguinte foi atípico para o clube. O quarto lugar obtido no campeonato de 1939, nem de longe representou o que foi o Fluminense no campeonato. O time que contava com os maiores astros do futebol brasileiro, exceto Leônidas da Silva, que jogava no Flamengo, descansou no campeonato carioca de 39 para voltar a vencer em 1940. Já atuando com novos talentos como Pedro Amorim e os argentinos Spinelli e Malazzo (campeão pelo River Plate em 1936), ninguém foi páreo para o Tricolor. O timaço do Fluminense esteve mais uma vez irresistível e venceu 17 dos 24 jogos disputados no campeonato carioca. Além do título estadual, o Tricolor venceu o Torneio Rio-São Paulo de 1940 (Quinela de Ouro) de maneira invicta, valendo a nós esclarecer alguns dados históricos sobre a conquista tricolor. Muito se falou no decorrer dos anos, que o Torneio Rio-São Paulo de 1940 foi abandonado pelos clubes ao término do primeiro turno pelo fracasso de público e renda nos estádios, o que não é verdade. Conforme brilhante trabalho de pesquisa de Alexandre Berwanger, o Torneio terminou devido às elevadas taxas cobradas pelos estádios paulistas.

Jornais da época, apontam tais números:


"O GLOBO" de 26 de julho de 1940 :

O título do jornal trazia a seguinte manchete: "MAIS DA METADE DA RENDA ABSORVIDA PELOS IMPOSTOS E DESPESAS". Em seguida, um trecho da reportagem salienta que "FLUMINESE E CORINTHIANS RECEBERAM QUOTAS DE APENAS TREZE CONTOS NUM JOGO QUE RENDEU CINCOENTA E QUATRO".

"A TARDE" de 04 agosto de 1940 :

O título do jornal exalta o poder do Tricolor de atrair público aos estádios: "DADOS ELOQUENTES DA CAPACIDADE DO FLUMINENSE" . "DA QUANTIA APURADA NAS RENDAS DO CAMPEONATO CARIOCA E TORNEIO RIO-SÃO PAULO, ATÉ HOJE, METADE FOI ARRECADADA PELO TRICOLOR"

"JORNAL DOS SPORTS" de 10 de agosto de 1940 :

"OS CLUBES CARIOCAS NÃO ESTÃO SATISFEITOS COM OS RESULTADOS FINANCEIROS DO TORNEIO RIO-SÃO PAULO NA CAPITAL BANDEIRANTE".

Depreende-se que a reclamação dos clubes cariocas eram referente às despesas administrativas dos estádios paulistas, pois muito era descontado da renda bruta. Tal explicação satisfaz a dúvida de que não eram as fracas rendas no Rio ou em São Paulo, como apresentam alguns autores, o motivo da não continuidade deste torneio, e sim as despesas administrativas nos estádios paulistas, diminuindo muito a renda líquida, exceção aparente ao Estádio Palestra Itália, onde o Fluminense propôs jogar todas as suas partidas na capital paulista.

Os participantes interromperam o torneio e declararam Fluminense e Flamengo como campeões, não fazendo questão, tricolores e rubro-negros, na realização de uma partida desempate. A CBD, hoje CBF, erroneamente não reconheceu o título do Torneio Rio-São Paulo de 1940, dando o torneio como inacabado.

No ano seguinte, o Fluminense torna-se bi-campeão carioca. O Tricolor tem uma campanha irretocável, obtendo 22 vitórias, quase todas por goleadas, estabelecendo um recorde no campeonato até hoje insuperável: 106 gols em 28 jogos. Foi uma conquista heróica, em que mais uma vez a Máquina Tricolor mostrou que podia jogar com até 6 jogadores (se a regra permitisse) que seria invencível. Na última rodada, o Tricolor enfrentou o Flamengo – que não agüentava mais ser vice – no campo da Gávea e logo abriu 2 x 0 no marcador, gols de Russo e Pedro Amorim. O Fluminense que jogava pelo empate passou a cadenciar o jogo, tocando a bola. O Flamengo, num fechar de olhos empatou. Carreiro, foi expulso e com um a menos os rubro-negros cresceram. Passaram a pressionar e por alguns minutos pensaram que podiam virar o jogo. Para piorar, Batatais tem uma lesão na clavícula tendo que imobilizar um braço. Brant, incansável na marcação, desta vez cansou. O campo estava pesado, o Flamengo lançava-se ao ataque e dava a impressão de que viraria a partida. Mas o Tricolor das Laranjeiras segurou o empate até o final. Romeu, o gênio e maior craque da equipe levava a bola ao ataque, prendia, driblava, fazia de tudo para gastar o tempo. Os rubro-negros se desesperavam. Quando não era Romeu, era Tim quem prendia a bola e arrumava para Renganeschi bicar para a Lagoa. Pobre Flamengo. Colocaram até remadores na Lagoa Rodrigo de Freitas só para a reposição mais rápida da bola. Perda de tempo. Quando o árbitro da partida José Ferreira Lemos, o Juca da Praia, acenou o fim do jogo, jogadores do Fluminense se abraçaram, vibraram com a heróica conquista. Um título merecido que coroou seis anos de supremacia absoluta do tricolor no cenário do futebol carioca e brasileiro. Esse timaço que iniciou o ano conquistando o Torneio Início e o Torneio Extra, mostrou o porque de ter sido a maior e mais vitoriosa equipe da história do Fluminense Football Club.

O ano seguinte pôs fim à supremacia tricolor. O time ainda era muito forte, mas a saída de Romeu com certeza foi muito sentida pelo clube. No início do campeonato de 1942, o Tricolor começou arrasador: nos 11 primeiros jogos, venceu 10, goleando o Bonsucesso por 6 x 2, o Vasco por 4 x 1 e vencendo concorrentes diretos ao título como Flamengo (2 x 1) e América (1 x 0). Mas na terceira rodada do 1º turno, uma derrota surpreendente para o São Cristóvão por 6 x 1, parece ter feito o time desandar no campeonato. O time perdeu para o Madureira por 4 x 1, para o Botafogo (2 x 1) e para o Flamengo (1 x 0), alijando-se da luta pelo tricampeonato.

Em 1943, o goleiro Gijo, que veio do Palmeiras ocupa o lugar de Batatais, que passa o ano na reserva. O time já estava bem diferente: Gijo, Norival e Renganeschi; Vicentini, Spinelli e Afonsinho; Adilson, Russo, Maracai, Tim e Carreiro. Mesmo assim, o time conquistou o Torneio Início e ficou com o vice-campeonato carioca, obtendo ainda a maior goleada sobre o Flamengo, em jogo válido pelo Torneio Relâmpago: 5 a 1. Na área administrativa, um retrocesso. No dia 25 de junho, o Fluminense envia um ofício ao Fluminense Yatch Club, liberando-o da fusão prevista na sua Ata de Fundação. Tal atitude causou a desilusão de vários sócios, inclusive a de Arnaldo Guinle, principal responsável pelo projeto de expansão do clube.

Batatais retorna ao posto de titular em 1944 e é elogiado pela imprensa carioca. O clube traz os uruguaios Rodriguez e Bastarrica, contrata o mineiro Bigode e anuncia a dispensa de Tim, um dos maiores craques da história do clube. A Máquina Tricolor detentora do maior número de títulos que um elenco já conquistou para o clube estava definitivamente desfeita. A equipe treinada por Atuel Velásquez não passou de um quarto lugar no campeonato carioca. O time base do ano foi: Batatais, Norival e Morales; Rodriguez, Spinelli e Bigode; Pedro Amorim, Bastarrica, Magnones, Simões e Pinhegas.

Em 1945, ano em que o Fluminense ficou novamente em 4º lugar no campeonato carioca e em 2º no torneio municipal, Batatais completa 10 anos de clube.

Porém, desentendimentos com o técnico Gentil Cardoso, fazem com que o goleiro deixe o clube em 1946. Ao todo foram 309 partidas pelo Fluminense, conquistando 5 Estaduais, 3 Torneios Início, um Campeonato Municipal e um Torneio Rio São Paulo, o maior número de títulos que um goleiro conquistou pelo Tricolor.

"Dêem-me Ademir e eu lhes darei o campeonato". Com esta frase, o técnico Gentil Cardoso demonstrou o quanto era importante o craque Ademir de Menezes para um time de futebol. Centro-avante rápido, com grande sentido de colocação na área, ele era o jogador que o Fluminense precisava para voltar a ser campeão. No dia 26 de março de 1946, Ademir assina com o Tricolor. Começava ali um ano de muitas alegrias para os tricolores. Sua estréia se dá a 23 de abril, num amistoso contra o São Paulo em que o Fluminense vence por 2 a 1. O Fluzão estréia no Campeonato Municipal no dia 20 de abril, ainda sem Ademir, e goleia o Bonsucesso por 9 x 1. No desempate contra o Vasco, o Tricolor vence o primeiro jogo por 4 x 1, mas perde os outros dois (1 x 0; 2 x 0), ficando com o vice-campeonato. Mas no Campeonato Carioca não teve para ninguém. O Fluminense esteve arrasador e venceu vários adversários por goleada, com destaque para os 11 a 1 sobre o Bangu, gols de Mirim, Pedro Amorim (3), Rodrigues (2), Orlando, Simões (2) e Ademir (2). Ao término dos dois turnos quatro clubes terminam empatados na primeira posição: Fluminense, Flamengo, América e Botafogo. Adota-se então, a fórmula que fica conhecida como “Super Campeonato”. Todos contra todos. O Fluzão empata com o Flamengo no dia 16 de novembro em 1 x 1, gol de Ademir; goleia o América por 8 x 4 –Rodrigues marca 3 vezes, Ademir e Orlando duas, e Juvenal completa o marcador – na rodada seguinte; e derrota o Botafogo por 3 x 1 em São Januário com 2 gols de Ademir e um de Pedro Amorim. No returno, goleada sobre o Flamengo por 4 x 1 com três gols de Rodrigues e um de Ademir; nova vitória sobre o América por 6 x 2, com destaque para Rodrigues que marca mais três e torna-se o artilheiro do Campeonato com 28 gols; e no último e decisivo jogo, com Ademir voltando ao time, vitória por 1 x 0 sobre o Botafogo, gol do “queixada” Ademir de Menezes, vice artilheiro da equipe no campeonato com 25 gols. Com a vitória, o Fluminense sagra-se Super Campeão Carioca invicto de 1946, tendo como time base: Robertinho, Gualter e Haroldo; Pascoal, Telesca e Bigode; Pedro Amorim, Ademir de Menezes, Simões, Orlando Pingo de Ouro e Rodrigues.

No dia 06 de outubro, estréia como goleiro do Fluminense, Carlos José Castilho. O goleiro faz seu primeiro jogo pelo clube num amistoso contra o Fluminense de Pouso Alegre, em que o Tricolor vence por 4 x 0. Castilho é um dos principais destaques do time, defendendo inclusive um pênalti.

Em 1947, Robertinho continua como titular do arco tricolor até o término do Campeonato Municipal. Com o início do Campeonato Carioca, Castilho é promovido ao posto de titular, fazendo uma brilhante temporada, só não sendo melhor devido o 4º lugar do time no campeonato. Ademir continua sendo o destaque da equipe, marcando 17 gols e sendo o artilheiro do Fluminense na temporada.

Contando com um time bastante renovado, o Tricolor se apresenta em 1948 como mero coadjuvante no campeonato carioca. O time havia perdido Ademir de Menezes, que voltara ao Vasco e não tem boas atuações no campeonato carioca, ocupando ao término da competição o terceiro lugar.

O futebol passava por novidades. Pela primeira vez, eram atribuídos números às camisas dos jogadores. Árbitros estrangeiros, na maioria ingleses, eram chamados para apitar os jogos do campeonato carioca, com destaques para Frederich James Lowe, George Reader e Ford.

O Fluminense conquista o Campeonato Municipal, derrotando o Vasco no desempate. No primeiro jogo, o time comandado pelo técnico Ondino Vieira goleia os cruzmaltinos por 4 x 0, com gols de Orlando (2), Rodrigues e Simões. No segundo jogo, houve revide do Vasco, que venceu por 2 x 1 (Orlando descontou para o Flu), ficando a decisão para o terceiro e último jogo. Era o dia 30 de junho de 1948. General Severiano estava lotado. Tricolores e vascaínos dividiam as arquibancadas do estádio do Botafogo. O Vasco, chamado de “Expresso da Vitória” fazia investidas perigosas à área de Castilho. O Fluminense respondia com as jogadas perigosas de Rodrigues pela esquerda. O jogo era tenso e seguia equilibrado, até que, Cento e Nove avança pela direita e cruza para a área. Orlando se antecipa ao gigante Wilson e de bicicleta manda para o fundo das redes de Barbosa: gol do Fluminense. Golaço de Orlando Pingo de Ouro. Os jogadores vascaínos se lançam ao ataque em busca do empate, mas o Fluminense segura o resultado e garante o segundo título municipal de sua história, interrompendo a supremacia vascaína no torneio, que havia vencido em 1944, 1945, 1946 e 1947.


A TAÇA OLÍMPICA

1 Taça Olímpica: 1949 ("Prêmio Nobel" do esporte).
A Taça Olímpica[8] é o mais alto e cobiçado troféu do desporto mundial. Também chamada de "Taça de Honra", tem como finalidade reconhecer anualmente, aquele que, no juízo do Comitê Olímpico Internacional, mais fez em prol do olimpismo e do esporte. Este reconhecimento é considerado o Prêmio Nobel dos Esportes. A concessão do título é feita pelo COI após rigoroso e detalhado exame dos dossiês apresentados pelos candidatos.

Para receber a honraria, o pleiteador deve ser exemplo de organização administrativa e um vitorioso nos setores esportivos, sociais, artísticos e cívicos. Um complexo de perfeição durante um ano inteiro, e escolhido como o melhor dentre os demais clubes, instituições esportivas e mesmo países do mundo, através de suas federações. O Fluminense Football Club é o único clube de futebol no mundo e única instituição brasileira que já recebeu a Taça Olímpica.

A Taça Olímpica (Coupe Olympique) foi instituída em 1906 pelo Barão Pierre de Coubertin, o criador dos Jogos Olímpicos da era moderna e foi atribuída pela primeira vez, ainda em 1906, ao Touring Club da França.

É em 1949 que o clube é premiado pelos esforços em prol do esporte brasileiro. Sempre pioneiro, o Fluminense, introdutor do futebol no Rio de Janeiro, foi o clube que lançou as bases do esporte nacional, projetando e organizando os esportes olímpicos. O Tricolor deu à sociedade a oportunidade de praticar esportes até então desconhecidos e praticados somente fora do país, como vôlei, basquete, futebol e water pólo. Construiu o primeiro estádio de futebol, a primeira pista de atletismo, a primeira piscina coberta do país e o primeiro ginásio poli-esportivo, capaz de abrigar apresentações esportivas e artísticas. O Fluminense serviu de modelo para as agremiações esportivas da América do Sul e este feito foi reconhecido no dia 28 de abril, quando foi conferida ao Fluminense Football Club a Taça Olímpica de 1949 por unanimidade.

Prêmio máximo que uma federação ou agremiação pode ambicionar na área esportiva, a Taça Olímpica, instituída pelo Barão Pierre de Coubertin visa premiar todo ano, o clube que mais faz em prol do olimpismo, pela sua organização e pelo seu comprometimento com o esporte.

O Fluminense Football Club que organizou o primeiro campeonato sul-americano sediado no Brasil e os Jogos Latino-Americanos de 1922, torna-se o único clube da América do Sul a possuir tal feito, passando a grande obra de Oscar Cox à imortalidade, glorificando e engrandecendo o mundialmente conhecido Fluminense Football Club.


CAMPEÃO CARIOCA DE 1951


Estádio Mário Filho, o Maracanã, onde o Fluminense tem o mando dos seus jogos.Contando com praticamente a mesma base do ano passado, o Fluminense começou o Campeonato Carioca de 1951 desacreditado pela imprensa local. Jornalistas apontavam o Flu como o mais fraco dos grandes e nem a fantástica vitória sobre o Arsenal da Inglaterra antes do campeonato serviu para melhorar a imagem do tricolor perante os “especialistas” da bola. Na primeira rodada, uma vitória sobre o Canto do Rio por 3 x 0 não seria nada de extraordinário para um time carioca. As vitórias sobre Bonsucesso (3 x 1) e Madureira (4 x 0) nas rodadas seguintes também não havia de ser nada demais. O Fluminense continuava a ser chamado de “timinho” e de extraordinário mesmo só a derrota para o Vasco por 4 x 2. Mas o Tricolor aos poucos foi calando a boca dos pitonistas, vencendo jogos que pareciam perdidos como nos 3 x 2 sobre o mesmo Vasco, quando Carlyle fez dois gols e o Flu deslanchou. A seqüência de bons resultados aos poucos foi apagando a imagem negativa do time em 1950, que liderou o Campeonato do início ao fim, chegando à última rodada 2 (dois) pontos à frente do Bangu, seu último compromisso e adversário direto na luta pelo laurel de campeão da cidade.

O Maracanã encheu para ver as duas melhores equipes do Campeonato Carioca. Mais de 92 mil (92.961) espectadores compareceram para ver o confronto do jovem time tricolor, comandado por Zezé Moreira, contra a experiente e técnica equipe do Bangu, que tinha como principal jogador o Mestre Zizinho, um dos maiores craques da história do futebol brasileiro. No banco de reservas, o técnico Ondino Vieira, glória do Fluminense nas décadas de 30/40, agora no Bangu, dava as ordens para o seu time pressionar o Tricolor.

O Fluminense jogava fechado, tentando segurar o empate, que lhe daria o título. Enquanto que o Bangu, precisando da vitória para forçar uma nova decisão, lançava-se ao ataque, rondando a meta de Castilho, que foi vencida no segundo tempo, quando Vermelho marcou, dando a vitória ao Bangu por 1 x 0, empatando o campeonato em número de pontos com o Fluminense (31 pontos).

Uma melhor de três jogos decidiria quem seria o Campeão Carioca de 1951. No primeiro jogo, disputado no dia 13 de janeiro de 1952, o Fluminense venceu por 1 x 0, gol de Orlando Pingo de Ouro, no primeiro tempo. Foi um jogo feio e violento, que terminou com as expulsões de Telê, do Flu, e Mirim, do Bangu, além das saídas de Raffaneli e Mendonça, também do Bangu, em virtude de contusão.

O Tricolor venceu com: Castilho, Píndaro e Pinheiro; Vitor, Edson e Lafayete; Joel, Orlando Pingo de Ouro, Carlyle, Didi e Telê. Técnico: Zezé Moreira.

No segundo e decisivo jogo, disputado num domingo, dia 20 de janeiro de 1952, com a assistência de 78.849 espectadores, o Tricolor triunfou por 2 x 0, com dois gols de Telê Santana, dispensando a realização de um terceiro jogo e conquistando desta forma o título de Campeão Carioca de 1951. Carlyle, que não jogou a segunda partida das finais, foi o artilheiro do Campeonato com 23 gols.

O Fluminense foi campeão atuando com: Castilho, Píndaro e Pinheiro; Vitor, Edson e Lafayete; Lino, Didi, Telê, Orlando e Robson. Técnico: Zezé Moreira.


[editar] O Cinquentenário, A Conquista do Primeiro Título Nacional e Internacional (1952 a 1970)
A FESTA

Em 1952, o Fluminense Football Club completa 50 anos de fundação. E para comemorar o grande marco da história do futebol tricolor, o clube organiza vários eventos esportivos e artísticos, como competições internacionais de basquete, vôlei, xadrez e esgrima, realizados nas Laranjeiras. O clube promove um banquete histórico com a participação de visitantes ilustres como o Embaixador do Paraguai; o Embaixador do Uruguai (Dr. Giordano Bruno Eccher); o Ministro da Suíça (Dr. Eduard A. Feer); o Ministro da Educação e Saúde do Brasil (Dr. Simões Filho); o Presidente do Conselho Nacional de Desportos (Dr. Vargas Netto), cujos esforços muito contribuíram para a realização da Copa Rio; Alberto Borgerth, Carlos Góes da Motta, Ibsen Rossi, José Alves de Moraes, Antônio Mourão Filho, Plínio Leite, Inocêncio Pereira Leal e o professor Castro e Silva. O Presidente da República, Getúlio Vargas, fez-se representar pelo Dr. Geraldo Mascarenhas Silva. E os Correios prestam uma simbólica homenageiam, lançando selos e envelopes alusivos ao cinqüentenário.


No dia 20 de julho, é realizado o “Grande Desfile” no Estádio das Laranjeiras com a participação dos atletas do passado, do presente e do futuro. Dentre os momentos mais emocionantes, Félix Frias, sócio fundador do Fluminense e tetracampeão carioca em 1906-1907-1908-1909, mesmo enfermo e com grave problema de saúde, aparece na tribuna de honra, chorando e acenando para os tricolores e velhos amigos, permanecendo em pé durante todo o desfile.


ORAÇÃO DO CINQUENTENÁRIO:

“Juventude de 2002! – Ouvi em silêncio e concentração a mensagem que da geração fundadora recebeu a juventude tricolor de 1952, formada no Estádio pelo Cinqüentenário do Clube, para vos ser transmitida e por vós lida, ao comemorardes o Centenário.

Enfileirados, ao vosso lado, comparecem os homens, que eram os jovens de julho de 1902. Mas a geração, que vos fala, essa já aqui não está mais. Tombou para sempre à imposição da natureza humana. Estais ouvindo, pois, na palavra viva dos mortos, o sentido imortal do espírito tricolor.

O momento não sofre a emoção das lágrimas. Recordai e evocai os que vos foram caros – pais, avós – sem a memória armada em funeral, mas na saudade colorida em festa.

O Fluminense de 2002 é o triunfo que continua. Temos certeza de que a juventude do Cinqüentenário soube cumprir a missão que lhe entregamos. E de que a juventude do Centenário prosseguirá na obra comum de abnegação, de sacrifício, de amor à bandeira que se prosterna ante as mãos iluminadas que a abençoam no altar do corcovado.

Voltai os vossos olhos para a imagem do Cristo, como a fixamos na hora da mensagem. Na convergência dos olhares de ontem e de hoje nós nos reencontraremos no tempo e sobre a Terra.

Juventude Tricolor de 2002!

Ouvi em silêncio e concentração o encerramento desta mensagem gravada no pergaminho da história. Revezai-a com a Juventude de 2052 para continuidade eterna da glória do Fluminense.” (Mensagem do Presidente Fábio Carneiro de Mendonça no Grande Desfile de 1952).

A 21 de julho de 1952, faz-se uma romaria ao túmulo de Oscar Cox, com as devidas homenagens. Mano, tricampeão em 1917-1918-1919 e falecido em 1922, também é lembrado.

À noite, no Salão Nobre, com a Sede luxuosamente ornamentada, encerraram-se os festejos do cinqüentenário do Clube com um Baile de Gala.


NO FUTEBOL

O ano de 1952 começa com o Fluminense fazendo uma campanha quase irretocável no Torneio Rio-São Paulo. Quase. Líder do torneio com 10 pontos ganhos, o Tricolor chega à última rodada dependendo de uma simples vitória contra o Corinthians (que também lutava pelo título), em São Paulo, para erguer a taça de campeão. Mas o Tricolor tropeça diante do Timão, perde por 4 x 2, e abre passagem para Portuguesa e Vasco decidirem o título, que acaba indo para o Canindé. A dor pela perda do título seria curada posteriormente, com a conquista do nosso primeiro título internacional: a Copa Rio Mundial.

A COPA RIO INTERNACIONAL

O Tricolor pode jogar o torneio internacional que reunia os maiores clubes do mundo e foi o Precursor do atual Mundial de Clubes da FIFA, no ano de seu cinqüentenário. Devido o sucesso da primeira edição, que teve a Sociedade Esportiva Palmeiras como campeã, criou-se uma grande expectativa para a segunda edição do torneio.

Com a torcida tricolor eufórica, o Fluminense participa da competição, que à época era comparado a um Mundial de Clubes, com times tradicionais do futebol sul-americano e europeu. Alguns clubes, como Racing da Argentina e Juventus de Turim, recusam o convite para participar da segunda edição, alegando entre outros fatores (no caso da Juventus), a longa distância entre os continentes.

Definidos os clubes, estes se dividem em dois grupos. Um com Sede no Rio, com Fluminense (campeão carioca de 1951), Peñarol, campeão uruguaio de 1951 e base da Seleção nacional, Sporting, campeão português das temporadas 1950/1951 e 1951/1952 – e que ganharia também as temporadas de 1952/1953 e 1953/1954, e Grasshopers Club campeão suíço da temporada 1951/1952. E outro com Sede em São Paulo, contando com Corinthians, campeão paulista de 1951/1952, Saarebruecken da Alemanha Ocidental, à época do convite, líder do campeonato alemão (terminou como vice-campeão da temporada 1951/1952), Libertad do Paraguai, vice-campeão nacional e Áustria Viena, até então líder do campeonato austríaco (terminou como vice-campeão da temporada 1951/1952).

A estréia do tricolor dá-se contra a forte equipe do Sporting de Portugal, com a assistência de quase 75 mil torcedores. O jogo é equilibrado do inicio ao fim e termina em 0 x 0. O goleiro Castilho é um dos destaques do confronto, tendo defendido um pênalti.

O empate em 0 x 0 com os portugueses, cria um clima de pessimismo entre os tricolores. Tal assertiva comprova-se na segunda rodada quando apenas 19.703 torcedores comparecem ao Maracanã para ver a primeira vitória do Fluminense no torneio. 1 x 0 sobre os suíços do Grasshopers, gol de Marinho, aos 34 minutos do segundo tempo, vencendo o “Ferrolho Suíço” que o mundo conheceria na Copa de 1954.

No dia 20 de julho, véspera do cinqüentenário do Fluminense Football Club, o tricolor enfrenta o Peñarol, base da seleção celeste e que há 2 anos acabara com o sonho de milhões de brasileiros de verem o Brasil ser campeão do mundo pela primeira vez, vencendo por 2 x 1 e calando 200 mil pessoas que lotaram o Maracanã.

A expectativa para o duelo entre brasileiros e uruguaios é grande. Em campo, líder (Peñarol) e vice-lider (Fluminense) da Série Carioca. É o jogo da revanche de 1950. O Peñarol entra em campo primeiro, com a seguinte formação: Natero, Davoine e Colture; Rodrigues Andrade, Nardeli e Romero; Ghiggia, Hoberg, Romay, Schiaffino e Vidal. Téc.: Juan Lopez. O Fluminense alinha em seguida com: Castilho, Píndaro e Pinheiro; Jair, Edson e Bigode; Telê, Didi, Marinho, Orlando Pingo de Ouro e Róbson. Téc.: Zezé Moreira.

O público é digno de uma final de campeonato. São mais de 63 mil espectadores (mais precisamente 63.536 presentes) confiantes numa boa vitória tricolor. O inglês Eugen Dinger é o árbitro da partida.

Desenvolvendo jogo acima das expectativas, o Fluminense domina a partida e vence com autoridade por 3 x 0. Marinho abre o placar aos 36; Orlando aumenta aos 44 e Marinho, novamente, aos 30 minutos do segundo tempo, põe números finais ao jogo. Após dois anos chorando a perda do título mundial para os uruguaios, os brasileiros voltavam a sorrir com uma grande vitória de um clube brasileiro. Jogadores da Seleção do Uruguai, como Schiaffino e Ghiggia, algozes brasileiros em 1950, agora se curvavam ao talento do futebol tricolor.

De “alma lavada”, o Fluminense se classifica para as semifinais. O adversário é o não menos pujante Áustria Viena, base da Seleção austríaca, que terminaria em 3º lugar na Copa do Mundo de 1954.

No primeiro encontro, diante de 34.180 espectadores, ocorre vitória tricolor por 1 x 0, gol de Didi. O Fluminense venceu com: Castilho, Pindaro e Pinheiro; Jair Santana, Edson e Bigode; Telê (Quincas), Didi, Orlando Pingo de Ouro (Simões), Maurinho e Robson. O Áustria Viena perdeu com: Sweeda, Stoltz e Kowank; Scheleger, Ocwirk e Swoboda; Melchior I (Pinckler), Kominec, Huber, Stojaspal e Aurendik. Téc.: W. Muller.

No segundo e decisivo jogo, o Fluminense vence por 5 x 2, para delírio dos 45.623 tricolores que foram ao Maracanã. O jogo é emocionante do início ao fim. O Fluminense abre o marcado com Didi aos 6 minutos do primeiro tempo. Precisando da vitória para ir às finais, a equipe austríaca vira o jogo, com gols do craque da seleção austríaca Stojaspal e Pinckler, silenciando o Maracanã. Por pouco tempo. Orlando Pingo de Ouro marca duas vezes, aos 31 e aos 41 minutos, e o primeiro tempo termina com a vantagem tricolor no marcador: 3 x 2. Na segunda etapa, Quincas, aos 8 minutos e Orlando Pingo de Ouro, o artilheiro da partida, aos 20, selam o passaporte do Fluzão para a grande final da Copa Rio: 5 x 2.

Classificado para as finais da Copa Rio, o Fluminense enfrenta o Corinthians, que derrotou o Peñarol por 2 x 1, num jogo violento, que fez com que a equipe uruguaia se retirasse da competição, não jogando o segundo confronto.

O primeiro jogo se dá no dia 30 de julho, com a assistência de 38.680 torcedores. O Fluminense entra em campo com: Castilho, Píndaro e Pinheiro; Jair Santana, Edson e Bigode; Telê, Orlando, Didi, Marinho e Quincas. O Corinthians alinha com: Gilmar, Homero e Olavo; Idário, Julião e Sula; Cláudio, Luizinho, Carbone, Gatão e Mário. Téc.: Rato. O árbitro é Joaquim Campos, de Portugal.

Orlando Pingo de Ouro aos 22 minutos do primeiro tempo e Marinho, aos 25 da etapa derradeira, marcam os gols da vitória tricolor por 2 x 0 sobre o até então favorito Corinthians. Pela primeira vez no torneio, a equipe paulista, melhor ataque do torneio com 16 gols em 4 jogos, não marca gol. Para o segundo jogo, um empate basta para o Tricolor das Laranjeiras sagrar-se campeão da II Copa Rio.

E, é no dia 02 de agosto de 1952, que o Fluminense mais uma vez faz história. Diante de 65.946 espectadores, tricolores e alvinegros encontram-se para o último jogo da decisão. Mesmo precisando de um empate para ser campeão, Didi abre o placar aos 10 minutos do primeiro tempo. Jackson empata para o Corinthians aos 11 minutos da etapa final. Mas Orlando Pingo de Ouro, artilheiro do torneio ao lado de Marinho com 5 gols, marca o segundo 8 minutos depois. A torcida tricolor faz festa. Canta, vibra, comemora. O gol de Souzinha, no finzinho do jogo (44 minutos), de nada adianta. O árbitro francês Gabriel Tordjaman encerra a partida. O Fluminense é campeão da Copa Rio invicto! 7 jogos, 5 vitórias, 2 empates, 14 gols a favor e 4 contra. O Tricolor é campeão de um título internacional. O Maracanã, finalmente é palco de uma grande conquista. Jornais estampam a grande conquista: “FLUMINENSE CONQUISTA O PLANETA”; “FLUMINENSE EMPUNHA UM TÍTULO MUNDIAL”.

A vitória sobre o Corinthians representou não só a conquista de um título mundial, mas também, a revanche dos 4 x 2 pelo Torneio Rio-São Paulo, que estava entalado na garganta dos tricolores.

O Fluminense ainda vence o Torneio quadrangular em Belo Horizonte, que conta com a participação de América-MG, Cruzeiro e Atlético-MG, derrotando o Cruzeiro por 3 x 2 na grande final. No Campeonato Carioca, o Tricolor fica com o vice-campeonato, atrás do Vasco. Embora não tenha conquistado o título carioca, pode-se dizer que o Tricolor encerrou com êxito os festejos dos seus 50 anos de fundação.

Para o biênio de 1953/1954 é eleito à presidência do clube Antônio Leite. Com um plano ousado de ampliar o patrimônio do Fluminense, o novo presidente tricolor propõe a mudança do setor de futebol para a Barra da Tijuca, onde teria conversado com proprietários de terrenos que estariam dispostos a fazerem uma doação, desde que o clube se comprometesse investir 30 milhões de cruzeiros antigos, no período de 6 anos. A área, contendo 800 mil metros quadrados, sendo 1km de testada de praia, viabilizaria a implantação de novas modalidades no clube, como remo e hipismo, além da construção de dois campos de futebol, sendo um para concentração dos atletas profissionais e outro para os sócios. As conversações se estendem até 03 de setembro de 1954, quando o Conselho Deliberativo veta a homologação do acordo, alegando, dentre outros motivos, problemas financeiros e com a localização.

O Fluminense faz excursão pela América do Sul, enfrentando os seguintes adversários: Peñarol, do Uruguai (0 x 0; 0 x 1); Dínamo Zagreb, da Iugoslávia (0 x 0); Colo-Colo, do Chile (3 x 0); Presidente Hayes, do Paraguai (2 x 1); Atlético Nacional, (3 x 0) e Desportivo Cali da Colômbia (1 x 1; 0 x 1); Alianza de Lima, do Peru (2 x 2); e Nacional, do Uruguai (0 x 0).

No Campeonato Carioca, o time formado por Castilho, Píndaro e Pinheiro; Jair Santana, Edson e Bigode; Telê, Didi, Marinho, Robson e Quincas, fica com o vice-campeonato. Marinho, com 18 gols é o artilheiro da equipe. No Torneio Rio-São Paulo, o time fica em 5º lugar.

Com a extinção da Copa Rio, devido à retirada do patrocínio da Prefeitura da Cidade, cria-se o Torneio Rivadavia Correa Meyer, com a finalidade de manter uma competição internacional no Rio de Janeiro. Diante da recusa de Real Madrid e Nacional, do Uruguai, o Fluminense, campeão da Copa Rio de 1952 é convidado a participar do torneio que conta com: Vasco (campeão carioca de 1952), São Paulo (campeão paulista de 1953), Corinthians (campeão da Copa Arroz), Botafogo (vice-campeão da pequena Taça do Mundo), Olímpia (vice-campeão paraguaio de 1953), Hibernian (campeão escocês 1952/1953) e Sporting (tetracampeão português). Na primeira fase, o Fluminense enfrenta Vasco (1 x 2), Botafogo (2 x 2) e Hibernian (3 x 0), se classificando às semifinais para enfrentar o São Paulo, na capital paulista. No dia 24/06 ocorre derrota do tricolor por 1 x 0, havendo revés na partida seguinte por 1 x 0. Com uma vitória para cada lado, a partida é decidida na prorrogação e o São Paulo leva a melhor, vencendo por 1 x 0.

Em 1954, o Tricolor não faz um bom campeonato estadual e termina em 5º lugar. O time treinado pelo técnico Gradim obtém 13 vitórias, 7 empates e 7 derrotas, em 27 jogos. Muito pouco para um clube tradicional e vencedor como o Fluminense Football Club. Ambrois, com 17 tentos foi o artilheiro do time no campeonato, que teve como base: Castilho, Píndaro e Pinheiro; Jair Santana, Edson e Bigode; Telê, Didi, Ambrois, Robson e Quincas.

No dia 15 de agosto, o Fluminense conquista o Torneio Início de Futebol, realizado no Maracanã, ao vencer o Flamengo na final por 1 x 0. No Torneio Rio-São Paulo, o time fica com o vice-campeonato. Mas é no campo das contratações que o clube obtém a sua maior vitória, ao contratar o atacante Waldo Machado da Silva, que se tornaria o maior artilheiro da história do clube, marcando 314 gols em 403 jogos.

O Fluminense continua participando de torneios e amistosos internacionais. Destaque para as acachapantes vitórias sobre o Desportivo Luqueño, do Paraguai, por 8 x 1, e La Coruña, da Espanha, por 3 x 0.

Pesquisa encomendada pelo Jornais dos Sports, de 31 de dezembro de 1954, aponta o Fluminense como tendo a segunda maior torcida da cidade do Rio de Janeiro: 1º Flamengo (28%), 2º Fluminense (18%), 3º Vasco (17%), 4º América (6%), 5º Botafogo (5%), 6º Bangu (2%) e 7º São Cristóvão (1%). Foram também computados números referentes à classe social e nível de instrução das torcidas, sendo o Fluminense, o primeiro entre as classes A e B (54%), bem como o clube com maior número de torcedores com nível superior (31%). Tais números serviram apenas para reforçar a fama de que o Fluminense era o clube preferido pela elite carioca.

A Suíça foi sede da Copa do Mundo, em que o Fluminense foi o clube que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira: os goleiros Castilho e Veludo; o zagueiro Pinheiro e o extraordinário meia Didi. Zezé Moreira, campeão carioca de 1951 e da Copa Rio de 1952 pelo Tricolor, era o técnico da Seleção. Era o ano também em que o Brasil trocava a camisa branca pela camisa amarela, chamada carinhosamente de “canarinho”. Uma forma de tentar esquecer a derrota da Copa do Mundo de 1950 para o Uruguai.

Na primeira fase, o Brasil venceu o México por 5 x 0 e empatou com a Iugoslávia em 1 x 1, classificando-se para as quartas-de-finais, para enfrentar a poderosa Hungria do artilheiro Puskas, sensação da Copa, que havia goleado Coréia do Sul (9 x 0) e Alemanha (8 x 3) na primeira fase.

O Brasil entrou nervoso em campo e, em duas falhas da defesa, levou dois gols em oito minutos. Djalma Santos, cobrando pênalti diminuiu para a Seleção Brasileira e o jogo cresceu em emoção. Os brasileiros lançaram-se ao ataque em busca do empate, mas acabaram sofrendo o terceiro gol, de pênalti, cobrado por Lantos. Julinho diminuiu para 3 a 2, mas Koscis novamente marcou para a Hungria, e o Brasil voltou mais cedo para casa.

A 22 de novembro, o Teatro do Fluminense ovaciona o hino “Fluminense Cinquentão”, com música de José Maria de Abreu e letra de Aurimar Rocha, Elsen Guedes, Glória Berenice, Hayrton Queiroz, Jorge Martins e Maria Alice:

Sou Fluminense Cinquentão, Da Taça Olímpica Senhor, Das pistas campeão, Das quadras vencedor, Por isso é que eu luto com ardor. Sou Fluminense Cinquentão, Da tricromia o coração, Outra coisa não posso dizer: Sou tricolor por tradição.


Com a saída de jogadores importantes como Píndaro, Bigode e Marinho, o Fluminense inicia o ano de 1955 amargando mals resultados. O time-base que fica em 7º lugar no Torneio Rio-São Paulo e 4º lugar no Campeonato Carioca é: Castilho, Lafaiete e Pinheiro; Vítor, Clóvis e Bassú; Telê, Didi, Waldo, Átis e Escurinho. O técnico continua sendo Gadim.

No entanto, o clube faz excursão à Europa e traz resultados expressivos: vitórias sobre o Glatasaray, da Turquia por 2 x 0; Seleção da Turquia por 4 x 1 e Fiorentina, da Itália, em Florença, por 3 x 1.

Em 1956, o time formado por Castilho, Cacá e Pinheiro; Jair Santana, Clóvis e Altair; Telê, Léo, Waldo, Jair Francisco e Escurinho, termina o Campeonato Carioca como vice-campeão. Waldo, com 22 tentos é o artilheiro da equipe.

Nos esportes olímpicos, o Tricolor continua vencendo. É campeão carioca de water pólo, vôlei (masculino e feminino), tiro ao alvo, tênis de mesa, tênis (feminino), saltos ornamentais, natação, esgrima, basquete (feminino) e atletismo. Na área artística, o Tricolor presenteia seus sócios com apresentações da famosa “Ópera de Pequim”, que proporciona aos privilegiados espectadores uma noite maravilhosa e inesquecível.

CAMPEÃO INVICTO DO TORNEIO RIO-SÃO PAULO DE 1957

Com uma campanha irretocável, o Fluminense é campeão invicto do Torneio Rio-São Paulo de 1957. São sete vitórias e dois empates, vinte e três gols a favor e onze gols contra. Waldo é o artilheiro da competição com 13 tentos. O título vem antecipadamente, na penúltima rodada, com a vitória por 3 x 1 sobre a Portuguesa, em São Paulo, com gols de Waldo (2) e Léo. Na última partida, já campeão, o Tricolor entra em campo contra o São Paulo para receber as faixas de campeão e manter a invencibilidade no torneio. Vence por 2 x 1, com dois gols de Waldo, sendo o segundo marcado na base da raça, da vontade, roubando a bola do arqueiro são-paulino e a empurrando para as redes, garantindo a vitória e a conquista inédita:

Fluminense 1 x 0 América-RJ Fluminense 5 x 1 Palmeiras Fluminense 3 x 3 Botafogo Fluminense 2 x 1 Flamengo Fluminense 3 x 2 Corinthians Fluminense 2 x 0 Vasco Fluminense 2 x 2 Santos Fluminense 3 x 1 Portuguesa Fluminense 2 x 1 São Paulo


O time campeão é: Vitor Gonzalez, Cacá e Roberto; Ivan, Clóvis e Altair; Telê, Robson, Waldo, Jair Francisco (Léo) e Escurinho. Técnico: Sílvio Pirilo.


No Campeonato Carioca, o Fluminense é vice-campeão. Precisando de um empate na última rodada para ser campeão, o Tricolor é goleado pelo Botafogo por inapeláveis 6 x 2, na maior derrotada sofrida para o alvi-negro na era do profissionalismo.

Em 1958, o Fluminense não obtém resultados significativos no futebol: fica em 4º lugar no Campeonato Carioca e em 6º no Torneio Rio-São Paulo. Silvio Pirilo comanda o time até 31 de julho. Jorge Vieira fica no clube de 1º de agosto até 22 de outubro, para que Zezé Moreira ponha ordem na casa e o clube volte a vencer no ano seguinte. Mantendo sua agenda de viagens, o clube faz dois amistosos em Montevidéu, trazendo uma vitória por 3 x 2 sobre o Peñarol e um empate em 1 x 1 com o Danúbio. O time-base do ano é: Castilho, Jair Marinho e Pinheiro; Jair Santana, Clóvis e Altair; Almir, Telê, Waldo, Jair Francisco e Escurinho.

CAMPEÃO CARIOCA DE 1959

Comandado por Zezé Moreira, o Fluminense volta a ser campeão carioca ao vencer o Madureira na penúltima rodada por 2 x 0, com gols de Escurinho. Em 22 jogos, o Tricolor vence 17, empata 4 e perde apenas 1 – para o Bangu por 1 x 0. Marca 45 gols e sofre apenas 9. Waldo, com 14 tentos é o artilheiro do time na competição. Ao ganhar o campeonato de 1959, o Tricolor torna-se o último campeão do Rio de Janeiro enquanto Capital Federal. O esquema tático montado por Zezé Moreira impressiona. A defesa formada por Castilho, Jair Marinho e Pinheiro é praticamente intransponível e o ataque formado por Maurinho, Telê, Waldo, Paulinho e Escurinho, é formidável. O segredo do time era fazer gol nos minutos iniciais e se fechar. Castilho segurava o resultado. E foi assim durante todo o campeonato. Vários jogos vencidos por 1 x 0 e 2 x 0. Disciplina tática na defesa e eficiência no ataque, fizeram do Fluminense o merecido campeão carioca de 1959.

Fluminense 1 x 0 América-RJ Fluminense 1 x 0 Bonsucesso Fluminense 4 x 0 Canto do Rio Fluminense 1 x 0 São Cristóvão Fluminense 2 x 1 Portuguesa-RJ Fluminense 0 x 0 Flamengo Fluminense 0 x 1 Bangu Fluminense 4 x 0 Madureira Fluminense 2 x 1 Botafogo Fluminense 1 x 0 Olaria Fluminense 2 x 0 Vasco

Fluminense 3 x 1 Vasco Fluminense 2 x 0 São Cristóvão Fluminense 3 x 0 Portuguesa-RJ Fluminense 4 x 0 Olaria Fluminense 1 x 1 América-RJ Fluminense 2 x 1 Canto do Rio Fluminense 2 x 0 Flamengo Fluminense 5 x 0 Bonsucesso Fluminense 0 x 0 Bangu Fluminense 2 x 0 Madureira Fluminense 3 x 3 Botafogo


Time-base: Castilho, Jair Marinho e Pinheiro, Edmilson, Clóvis e Altair; Maurinho, Telê, Waldo, Paulinho e Escurinho. Téc.: Zezé Moreira.

No Torneio Rio-São Paulo, o Tricolor fica em 8º lugar, obtendo 2 vitórias, 2 empates e 5 derrotas. As duas vitórias tricolores são sobre clubes paulistas: 2 x 0 sobre o Palmeiras (gols de Waldo e Escurinho) e acachapantes 5 x 1 sobre o Corinthians (Waldo marcou 3 vezes, Escurinho e Telê completaram o placar), em jogos realizados no Maracanã.

CAMPEÃO DO TORNEIO RIO-SÃO PAULO DE 1960

Contando com a mesma base do time campeão carioca de 1959, o Fluminense é campeão do Torneio Rio-São Paulo novamente. Desta vez, apenas a derrota para o Flamengo por 2 x 1 impediu que o clube repetisse o feito de 1957, quando conquistou o torneio de maneira invicta. Nem o favorito Santos, do craque Pelé, conseguiu parar o Tricolor. Foram 6 vitórias, 2 empates e 1 derrota, 22 gols a favor e 12 gols contra. Waldo foi o artilheiro da equipe com 11 gols, sendo 3 deles marcados na extraordinária vitória sobre o São Paulo por 7 x 2. Contra o Santos, mesmo com a sua ausência, mas empurrado por 43.149 espectadores, o Fluminense venceu o Santos por 4 x 2. No último jogo, de volta ao time, Waldo é o autor do gol do título, na vitória de 1 x 0 sobre o Palmeiras no Maracanã, que recebeu o público de 53.758 torcedores.

Fluminense 1 x 0 Portuguesa Fluminense 2 x 1 Corinthians Fluminense 7 x 2 São Paulo Fluminense 1 x 1 América-RJ Fluminense 2 x 2 Botafogo Fluminense 3 x 2 Vasco Fluminense 1 x 2 Flamengo Fluminense 4 x 2 Santos Fluminense 1 x 0 Palmeiras


O time campeão foi: Castilho, Jair Marinho e Pinheiro; Edmílson, Clóvis e Altair; Maurinho, Telê, Waldo, Paulinho e Escurinho. Téc.: Zezé Moreira.

No Campeonato Carioca, o Fluminense é vice-campeão, perdendo o bicampeonato para o América. Na última e decisiva partida do returno, o Tricolor, jogando pelo empate, perde por 2 x 1, de virada para o time rubro, que torna-se o primeiro campeão do novo estado da Guanabara.

O Fluminense participa pela primeira vez da Taça Brasil, competição nacional criada em 1959, que reunia os campeões estaduais e que dava ao vencedor a oportunidade de disputar a recém-criada Taça Libertadores da América. Com moldes semelhantes à Copa do Brasil, a competição era disputada com jogos eliminatórios de “ida e volta”. O Fluminense estreou na primeira fase, chamada de fase “Zona Sul”, contra o Fonseca, de Niterói. No primeiro jogo, disputado em Caio Martins, houve vitória Tricolor por 3 x 0 (gols de Waldo, Telê e Jair Francisco). No jogo de volta, realizado nas Laranjeiras, o Fluminense massacrou o time de Niterói, vencendo por 8 x 0, sendo os tentos tricolores anotados por Jair Francisco (3), Waldo (2), Maurinho (2) e Paulinho. Classificado para a próxima fase, o Tricolor superou o Cruzeiro, empatando em 1 x 1 no Estádio Independência (gol de Paulinho) e vencendo nas Laranjeiras, por 4 x 1. Waldo marcou duas vezes, Escurinho e Maurinho completaram o marcador. A final da fase “Zona Sul” foi disputada contra o Grêmio. O tricolor gaúcho levou a melhor na primeira partida, vencendo por 1 x 0, em jogo realizado no Olímpico. No segundo encontro, em jogo disputado nas Laranjeiras, houve vitória do Fluminense por 4 x 2 (gols de Paulinho, Maurinho, Waldo e Jair Francisco), forçando um jogo extra para decidir quem iria às semifinais da competição contra o Palmeiras. Jogando por um empate, Jair Francisco garantiu a vaga do Tricolor das Laranjeiras para as semifinais, marcando o gol de empate em 1 x 1. Na semifinal, o Fluminense não contou com o artilheiro Waldo. Talvez por isso, não tenha conseguido triunfar perante o Palmeiras. Nos dois jogos, o Fluminense sentiu a falta de um jogador como Waldo, que embora não fosse muito técnico, costumava não desperdiçar as chances que tinha para marcar gols. Depois de um empate em 0 x 0 no Pacaembu, o Fluminense recebeu o Palmeiras no Maracanã para a segunda e decisiva partida. O Tricolor rondou durante quase todo o jogo a área palestrina, sem contudo concluir em gols. O castigo veio aos 44 minutos do segundo tempo, quando Humberto Tozzi, numa das poucas investidas do Palmeiras ao ataque, marcou o gol da vitória alviverde sobre o tricolor. O jogo entre Fluminense e Palmeiras foi uma final antecipada. Na seqüência, o Palmeiras foi campeão, vencendo facilmente os dois jogos da final contra o Fortaleza (3 x 1; 8 x 2).

O clube volta a excursionar pela Europa e pela América do Norte, com destaque para as vitórias sobre o San Lorenzo, da Argentina (3 x 1); Feyennord, da Holanda (2 x 1); Middlesbrough, da Inglaterra (3 x 2); Oster, da Suécia (10 x 0); Combinado Lyn-Skeid, da Noruega (8 x 2); AIK, da Suécia (4 x 1); Istad, da Suécia (11 x 0); Gênova, da Itália (3 x 2) e Valência, da Espanha (4 x 3).

O MAIOR PÚBLICO DO FUTEBOL MUNDIAL ENTRE CLUBES

Para o ano de 1963, foi eleito o presidente Nelson Vaz Moreira, que venceu a disputa com Jorge Frias de Paula que concorria à terceira reeleição. Inicialmente, o mandato do novo presidente seria de dois anos, mas posteriormente o Estatuto do clube foi reformado, sendo fixado o período de três anos, sendo vetada de agora e diante a reeleição. Desta forma, o mandato de Nelson Vaz Moreira seria até 1965.

O clube realizou no dia 20 de junho, no Salão Nobre, memorável banquete em homenagem ao então Presidente da Confederação Brasileira de Desportos, Benemérito Atleta e Benemérito do Fluminense, João Havelange, com a participação de cerca de 500 pessoas, das mais altas autoridades internacionais. Um mês depois, foi inaugurado o novo jardim da sede social e dois dias depois o Parque Infantil, com a presença de mais de duas mil pessoas. A criançada tricolor agora tinha um espaço seu, para brincar e fazer do clube o seu passatempo ideal.

No futebol, o Fluminense ficou em 3º lugar no Torneio Rio-São Paulo e com o vice-campeonato carioca, num jogo que entrou para a história. O Tricolor chegou à última rodada da competição precisando de uma vitória sobre o Flamengo para ser campeão. O Fluminense pressionou, rondou a área rubro-negra o tempo todo, perdeu gols incríveis como o de Escurinho, que sem goleiro, chutou pra fora, mas o dia era do goleiro Marcial, que fez grandes defesas e garantiu o 0 x 0 para o Flamengo. No dia em que o Maracanã recebeu a maior assistência da história do futebol mundial, entre clubes, com exatos 194.603 espectadores, o Fluminense teve que se contentar com o vice-campeonato.

Assim como nos anos anteriores, o Tricolor continuou a excursionar pelo exterior, conseguindo resultados significativos. Na excursão pela Europa e América do Sul, foram 11 vitórias, 1 empate e apenas 1 derrota, defrontando os seguintes adversários: Seleção de Paisandu (3 x 1), do Paraguai, em Montevidéu; Seleção do Paraguai, (4 x 2) em Assunção; Combinado Osk-Degertors (1 x 2) da Suécia, na Suécia; Combinado Elfsborg-Horrby, (4 x 2) da Suécia, na Suécia; A.F.F. (3 x 0) da Suécia, na Suécia; Salto B. K. (4 x 1) da Suécia, na Suécia; Kristianstad (4 x 1) da Suécia, na Suécia; B. K. Landora (6 x 0) da Suécia, na Suécia; Seleção de Helsinki (2 x 1), em Helsinki; Dínamo de Moscou (1 x 0), em Moscou; Lugansck (2 x 1) da Rússia, em Lugansck; Seleção da Rússia (0 x 0), em Volgrad; e Ararati (5 x 2)da Rússia, em Jerevan.

O time-base do ano foi: Castilho, Carlos Alberto Torres, Procópio, Dari e Altair; Íris e Oldair; Edinho, Manuel, Joaquinzinho e Escurinho. Técnico: Fleitas Solich.

A nota de profunda tristeza do ano foi o falecimento de duas figuras míticas do clube: Arnaldo Guinle e Artur Antunes de Moraes e Castro, o Laís. Arnaldo Guinle era patrono do Fluminense e um dos maiores empreendedores do estado do Rio de Janeiro. Fez muito pelo clube e pelo desporto nacional. Criou as bases necessárias para o Brasil despertar como potência no esporte. Quando os jovens desbravadores da grande obra fundaram o Fluminense, foi a família Guinle quem alugou o terreno onde anos mais tarde, Arnaldo construiria com esforços financeiros próprios o maior e mais belo estádio da América do Sul, adotando o clube como seu verdadeiro ideal no esporte. Arnaldo Guinle foi presidente durante 15 anos, período em que fez uma revolução no clube. O Brasil não tinha nada. Foi omisso nos jogos sul-americanos de 1919. Arnaldo Guinle arcou com as despesas e construiu o Estádio das Laranjeiras e o Brasil foi campeão sulamericano pela primeira vez. Em seguida, construiu a primeira piscina coberta do Brasil, dotando o clube também de ginásio e quadras de tênis. Em 1922, quando novamente o governo brasileiro foi omisso na organização dos Jogos Comemorativos de 100 anos de Independência, Arnaldo Guinle sem pedir nada a ninguém, remodelou o novo estádio, passando a sediar provas de atletismo e a comportar 22 mil espectadores. Tais esforços fizeram do clube a mais perfeita organização esportiva do mundo em 1949, quando fomos agraciados com a Taça Olímpica, maior prêmio que uma agremiação pode ambicionar no terreno esportivo. Laís foi tricampeão carioca em 1917, 1918 e 1919 e campeão sul-americano pela Seleção Brasileira em 1922. Fez parte do mais temido e respeitado esquadrão de amadores do futebol brasileiro. Mesmo fora dos gramados, nunca deixou o clube, trabalhando dia após dia para o engrandecimento do Fluminense Football Club, na organização e direção de eventos.

Em 1964, Castilho fazia a sua última temporada pelo Fluminense. Carlos Alberto Torres subia para os profissionais, já como titular. No comando da equipe, Elba de Pádua Lima, o Tim, uma das maiores glórias da história do clube como jogador, campeão carioca em 1937, 1938, 1940 e 1941, tinha a chance de ser campeão novamente pelo tricolor, só que agora como treinador. E foi o que aconteceu. Na decisão contra o Bangu, duas vitórias (1 x 0; 3 x 1) deram ao Tricolor o título máximo da cidade. Amoroso foi o artilheiro do campeonato com 20 gols e Joaquinzinho e Gilson Nunes os destaques do time. Tim foi um grande estrategista, montou um time conciso e bem articulado, que tinha no capitão Denílson o símbolo da vontade e da obstinação daquele time. O Fluminense foi campeão carioca com louvor, perdendo apenas 4 jogos em todo o campeonato. A formação base de 1964 foi: Castilho, Carlos Alberto Torres, Valdez, Procópio e Altair; Denílson e Oldair; Amoroso, Ubiraci (Evaldo), Joaquinzinho e Mateus (Gilson Nunes).

Após a conquista do título carioca de 1964, Castilho deixou o Fluminense. O grande goleiro, um dos maiores que o Brasil teve, defendeu o Tricolor por 18 anos e encerrou a carreira no Paysandu em 1965, clube pelo qual iniciou a sua brilhante carreira como treinador em 1966. Enquanto Castilho sagrava-se campeão paraense, o Fluminense ficava em terceiro lugar no campeonato carioca. Samarone chegava da Portuguesa Santista e iniciava uma história de amor e identificação com a torcida tricolor. Tricolor de coração, Samarone se tornaria um dos líderes do time que nos anos seguintes retomaria a hegemonia no futebol carioca e brasileiro.

Em 1966, contando com várias caras novas, o Fluminense, sob o comando do técnico Tim, foi campeão invicto da Taça Guanabara. Foram 3 vitórias e 3 empates, sendo a final um jogão contra o Flamengo em que o Tricolor triunfou por 3 tentos a 1. O Fluminense teve como time-base: Jorge Vitório, Oliveira, Caxias, Altair e Bauer; Jardel e Denílson; Amoroso, Mário, Amoroso e Lula. Mário foi o artilheiro com 4 gols, Lula foi o vice-artilheiro da equipe com 3 tentos e Amoroso (2) e Samarone (1) completaram o rol dos artilheiros do Fluminense na invicta Taça Guanabara. Na época, a Taça Guanabara era considerado um título à parte.

No Campeonato Carioca coube ao Fluminense apenas o terceiro lugar, posição repetida em 1967, ano em que foi disputado o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol. Chamado de Torneio “Roberto Gomes Pedrosa”, a competição reunia os 16 mais importantes clubes do Brasil. Embora já existisse a Taça Brasil desde 1959 (duraria até 1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa tinha a mesma fórmula adotada pelo Campeonato Brasileiro de 1971, tido pela Confederação Brasileira de Futebol como o 1º Campeonato Brasileiro.

Se em 1968 o ano foi desastroso com o 6º lugar no campeonato carioca e o 12º no “Robertão”,1969 foi sublime! Telê Santana foi chamado para comandar o Tricolor e o resultado foi um Fluminense forte e vencedor novamente, campeão da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca. O Clube havia trazido o atacante Flávio do Corinthians e o goleiro Félix da Portuguesa de Desportos que despontaria como um dos líderes da equipe. Na final do campeonato carioca contra o Flamengo, Flávio marcou o gol da vitória sobre o rubro-negro por 3 x 2, numa final em que o Maracanã recebeu 170 mil torcedores. Mais uma vez o Fluminense desbancou o favoritismo do rival.Em 1970, o Fluminense perdeu o bicampeonato. O time terminou 1 ponto atrás do Vasco, perdendo apenas dois jogos no campeonato: para o Olaria por 1 a 0, e para o Botafogo por 2 a 1. O curioso é que desde essa época, o Vasco já emprestava vários jogadores ao Olaria, com a ressalva de não jogarem contra o time de São Januário. Coisas do futebol...

O PRIMEIRO TITULO NACIONAL: A TAÇA DE PRATA (TORNEIO ROBERTO GOMES PEDROSA)

No ano em que o Brasil tornava-se tricampeão mundial, o Fluminense também presenteava a sua torcida com o título de campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa. O Palmeiras chegou ao quadrangular como o melhor time do campeonato. Cruzeiro e Atlético-MG completaram o quadrangular que decidiria quem seria o campeão brasileiro de 1970. Com a contusão de Flávio ainda no final da primeira fase, coube a Mickey decidir os jogos para o Fluminense. Logo na primeira rodada, uma vitória por 1 a 0 sobre o favorito Palmeiras no Maracanã, mostraria que o Fluminense tinha time para ser campeão. Na segunda rodada contra o Cruzeiro do artilheiro Tostão, no Mineirão, Mickey novamente marcou e o Fluminense venceu por 1 a 0, chegando à ultima rodada do quadrangular final precisando de um simples empate para ser campeão. Era o dia 20 de dezembro de 1970. A torcida do Fluminense compareceu em grande número e lotou o Maracanã. Nem a forte chuva que caiu no Rio naquela noite foi capaz de impedir os mais de 112 mil tricolores de ir ao Maracanã e ver Mickey após jogada de Didi abrir o placar para o Fluminense sobre o Atlético-MG. Vaguinho ainda empatou para o Galo, mas em nenhum momento ameaçou o título do Fluminense. Ao trilar do apito do árbitro José Favilli Neto, o Maracanã explodiu em festa. A torcida tricolor invadiu as ruas e comemorou o seu primeiro título nacional. O ano de 1970 foi sensacional para o Fluminense. O time foi o mais regular do Brasil, perdendo apenas 7 jogos durante todo o ano. Ao todo foram 19 jogos, com 10 vitórias, 5 empates e 4 derrotas. Flávio foi o vice-artilheiro do campeonato com 11 gols, um a menos que Tostão. O time do técnico Paulo Amaral sagrou-se campeão do Brasil jogando com: Félix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio] (Toninho Baiano); Denílson e Didi; Cafuringa, Cláudio, Mickey e Lula.


O Segundo Título Nacional: O Campeonato Brasileiro de 1984 (1984 à 1988)
O Campeonato Brasileiro de futebol de 1984 teve como campeão o Fluminense que conquistava o seu 2º Título Nacional, o Campeonato que pela primeira e única vez, a final ocorreu entre dois clubes cariocas: Fluminense e Vasco da Gama, refletindo o forte futebol do Rio de Janeiro durante boa parte da década de 1980.

Nos Jogos Finais, Venceu o 1º Jogo por 1x0 (Gol de Romerito), Diante de 63.156 Pagantes no Maracanã,Com o Time formado por: Paulo Víctor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Renato; Jandir, Delei (Renê) e Assis; Romerito, Washington (Wilsinho) e Tato. Técnico: Carlos Alberto Parreira.

E no 2º jogo, empatou com o Vasco da Gama em 0x0 diante de 128.781 Pagantes também no Maracanã, o Time era: Paulo Víctor; Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei e Assis; Romerito, Washington e Tato. Técnico: Carlos Alberto Parreira.

Eram Oito chaves de cinco times. .Os três primeiros de cada grupo passavam para a fase seguinte. As equipes que terminaram a primeira fase em quarto lugar em cada grupo foram para a repescagem. Sete chaves de quatro clubes cada faziam parte da segunda fase da competição. O campeão e vice de cada grupo se classificaram à terceira fase da competição, mais o vencedor da Taça CBF e o time de melhor índice técnico entre os não classificados. Na terceira fase os times foram agrupados em quatro chaves de quatro clubes cada. Os dois primeiros passaram às quartas-de-final onde até o final foram disputados jogos no sistema mata-mata com partidas de ida e volta.

A Campanha do Fluminense teve 26 jogos, 15 vitórias, 9 empates e Apenas 2 derrotas, 37 gols pró e 13 gols contra


Na Taça Libertadores da América de 1985, o Flu não foi bem, terminado esta primeira fase em terceiro, quando classificavam-se dois para a fase seguinte. Neste ano o Fluminense, disputou em jogos de ida e volta pelo Grupo 1 contra o também carioca Vasco e contra os argentinos Ferro Carril Oeste e Argentinos Juniors, que acabou campeão desta competição, enquanto o Ferrocarril foi o outro classificado deste grupo. O Flu, em campo, obteve 3 empates e 3 derrotas mas acabou ganhando os pontos do empate de 3 a 3 contra o Vasco, que escalou irregularmente o jogador Gersinho nesta partida, mesmo alertado antes do jogo para este risco.

A partir de 1985, tempos difíceis para o Fluminense seriam organizados fora de campo, pois ao assumir a presidência da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna garantiu que acabaria com "o reinado dos coloridos", pois, até então, era a dupla Fla-Flu que conquistava a maioria dos títulos cariocas. Já em 1986, foi denunciado um escândalo de manipulação de arbitragens, intitulado pela imprensa de "Escândalo das papeletas amarelas", que visava impedir o Fluminense de conquistar o tetracampeonato estadual, o que foi conseguido. Além disso, por conta de uma epidemia de dengue em seu elenco o time não pode comparecer a um jogo contra o Americano em Campos dos Goytacazes , perdendo os pontos e a possibilidade de se sagrar campeão, mesmo com as dificuldades extra-campo.

O Flu conquistou, em 1987, a Copa Kirim, no Japão, em sua mais importante excursão à Ásia, disputando a final contra o Torino da Itália cuja grande estrela era o brasileiro Júnior. Perante cerca de 40.000 torcedores no Estádio Olímpico de Tóquio, o Flu venceu por 2 a 0 com gols de Washington e Tato. Nos outros jogos disputados, o Flu empatou com a Seleção do Japão por 0 a 0, empatou com o mesmo Torino da final por 1 a 1 e venceu a Seleção do Senegal por 7 a 0.

Em 1988 chegou, mesmo com times fracos tecnicamente, embora bem organizados, às semifinais do Campeonato Brasileiro, foi desclassificado pelo Esporte Clube Bahia, após empatar por 0 a 0 no Maracanã e perder por 2 a 1 no Estádio da Fonte Nova, que neste dia recebeu o maior público de sua história (110.438 pagantes).


O CENTENÁRIO DO CLUBE (2002)

No dia 21 de julho, o Fluminense Football Club completou 100 anos de fundação. O ano foi repleto de comemorações e homenagens. O clube promoveu apresentações artísticas durante toda a semana do aniversário; presenteou a torcida com a reedição da primeira camisa do clube e a confecção de medalhas em ouro, prata e bronze em alusão ao centenário. No futebol, conquistou o campeonato estadual e contratou Romário, o maior atacante da história do futebol brasileiro.

O Fluminense estreou no Torneio Rio-São Paulo de 2002, no dia 19 de janeiro empatando com o Corinthians em 1 x 1, no Maracanã. Depois, foi a Edson Passos para golear o América pelo score de 8 x 0, e continuou bem no decorrer da competição, chegando à última rodada precisando de um empate para se classificar para as semifinais. A tabela marcava o duelo contra o São Caetano, concorrente direto à vaga, em São Caetano do Sul. O Fluminense abriu o marcador com Magno Alves aos 34 minutos da primeira etapa. Anaílson empatou para o São Caetano ainda no primeiro tempo e no segundo tempo, quando a torcida tricolor já comemorava a classificação para a próxima fase, veio o inacreditável: aos 45 minutos, Marco Sena acertou um chute indefensável e classificou o São Caetano, eliminando o Fluminense, que terminou o torneio em 5º lugar. Mesmo não indo às semifinais, o Flu garantiu vaga para a Copa dos Campeões que seria realizada no meio do ano.

Na Copa do Brasil, a eliminação precoce para o Brasiliense em pleno Maracanã, faria com que o técnico Oswaldo de Oliveira perdesse o cargo, dando lugar a Robertinho. Roger, o principal jogar do elenco, também deixaria o clube, retornando ao Benfica de Portugal.

No Campeonato Carioca, o Fluminense sagrou-se campeão estadual ao derrotar o Americano de Campos na grande final em dois jogos. No primeiro jogo, houve vitória do Fluminense por 2 x 0 (gols de Marcão e Roni), que agora poderia até perder o segundo jogo da final por até um gol de diferença. Mas os tricolores não quiseram saber de jogar com o regulamento e triunfaram novamente no segundo jogo, vencendo por 3 x 1 com gols de Roni, Flávio e Magno Alves. O Fluzão conquistou o seu 29º título estadual com a seguinte formação: Murilo, Flávio, Régis, Maurício Fernandez e Roberto Brum; Fabinho, Marcão, Fernando Diniz e Marco Brito; Roni e Magno Alves. Técnico: Robertinho.

Na Copa dos Campeões, por ironia, o Fluminense foi eliminado nas quartas de finais, justamente no dia do seu aniversário de 100 anos. Após passar pela primeira fase, se classificando como segundo colocado do grupo (que contava com Corinthians, Náutico e Paysandu, além do Tricolor), o Flu perdeu por 1 x 0 para o Palmeiras, num jogo em que Roni chegou a perder um pênalti quando o jogo ainda estava 0 x 0. No dia 24, o Tricolor entrou em campo para enfrentar o Toluca-MEX no Maracanã, para comemorar o centenário do clube. O placar terminou 3 x 1 para o pó-de-arroz, gols de Roni e Magno Alves (2). Neste jogo, o Fluminense jogou o primeiro tempo com o uniforme do centenário nas cores branco e cinza, enquanto que no segundo tempo, atuou com o uniforme laranja.

Para o Campeonato Brasileiro, o Fluminense contratou Romário junto ao Vasco para ser o ponto de referência da equipe rumo à sonhada conquista do título brasileiro. Logo na sua estréia, diante de 70 mil tricolores, o “baixinho” marcou dois, na goleada por 5 x 1 contra o Cruzeiro. No total, seriam 16 gols no campeonato. Quase todos de encher os olhos dos torcedores. Com Romário em grande fase, o Fluminense se classificou em 7º lugar na primeira fase, garantindo vaga para as quartas de finais contra o 2º colocado, o São Caetano, até então um adversário nunca batido pelo tricolor.

No primeiro jogo, quase 70 mil tricolores lotaram o Maracanã para ver o show de Romário, Magno Alves e Cia. O Fluminense venceu por 3 x 0 e abriu larga vantagem para se classificar para as semifinais do campeonato, que agora poderia até perder por 2 gols de diferença no segundo jogo que levaria a vaga. No jogo de volta, o São Caetano sufocou o Fluminense em seu campo de defesa e venceu por 2 x 0. Kleber foi o herói da partida, defendendo bolas incríveis, demonstrando grande forma física. Classificado, o Fluminense retornou ao Rio de Janeiro para enfrentar o Corinthians. Com uma assistência menor do que no jogo contra o São Caetano (pouco mais de 56 mil pagantes), o Fluminense venceu o Corinthians por 1 x 0, gol de Romário, após sensacional toque de calcanhar de Roni. No segundo jogo, o Tricolor não conseguiu conter o ímpeto corintiano e acabou perdendo por 3 x 2. Romário sentiu dores na coxa no início da partida e o goleiro Kleber, grande destaque do time contra o São Caetano, também sofreu uma contusão e deixou a partida. Mesmo valente, o Flu não conseguiu empatar o jogo, parando mais uma vez nas semifinais.

Mesmo não conquistando um título nacional em 2002, o ano do Centenário foi marcado por bons resultados no futebol: Campeão Carioca; 5º lugar e melhor time carioca no Torneio Rio-São Paulo e 4º colocado no Campeonato Brasileiro.





Campeão Carioca e do mundo (2005 a 2006)

Estádio Mário Filho, o Maracanã, onde o Fluminense tem o mando dos seus jogos.Após ter investido em muitos jogadores “rodados” do futebol brasileiro, o Fluminense, de presidente novo – Roberto Horcades – investiu em jogadores mais jovens e menos famosos da mídia. Do futebol russo, trouxe o atacante Leandro; do futebol paranaense, o atacante Tuta e o zagueiro Igor; do Santos, o meia Preto Casagrande, campeão brasileiro em 2004; do Atlético-MG, o meia Juninho; do São Paulo, o lateral Gabriel; e do Flamengo, o zagueiro Fabiano Eller, o meia Felipe e o técnico Abel Braga, todos campeões estaduais em 2004. Com tantas contratações, ficava a incógnita sobre o futuro do novo elenco. Será que teria o mesmo rumo do time de 2004? Não necessariamente. O clube dispensou todos os medalhões: Ramon foi pedir abrigo no Botafogo; Roger retornou ao Benfica; Romário voltou para o Vasco e Edmundo foi para o futebol catarinense.

Com o time escalado com: Kleber, Gabriel, Antônio Carlos, Fabiano Eller e Juan; Marcão, Arouca, Preto Casagrande e Felipe; Tuta e Leandro, o Fluminense iniciou a luta pelo título carioca de 2005. Sua estréia deu-se no dia 23 de janeiro, contra o Madureira, no Maracanã, com vitória suada nos minutos finais por 3 x 1. Depois, o time tropeçou diante do Olaria (2 x 2), perdeu para a Cabofriense por 3 x 2 e para o Campinense da Paraíba por 1 x 0, pela Copa do Brasil, botando o técnico Abel Braga na “corda bamba”, com grandes possibilidades de ser demitido, probabilidade que aumentou com o empate em 2 x 2 com o Flamengo e a eliminação às semifinais da Taça Guanabara. Tal campanha frustrava os tricolores, que já comparavam àquela altura o atual time com o do ano passado. Mas com o início do segundo turno (Taça Rio) toda a desconfiança foi passando. O Tricolor perdeu apenas 1 jogo (para o Vasco por 2 x 1) no segundo turno e depois só fez vencer. Goleou América, Botafogo, Portuguesa e Friburguense e chegou às semifinais da Taça Rio motivado e confiante numa boa vitória sobre o Vasco. Paralelamente, o time alcançava a classificação na Copa do Brasil, eliminando Campinense e Esportivo-RS, e atingia o auge da forma física. Na semifinal contra o Vasco, Gabriel fez o gol do Fluminense ainda no primeiro tempo, aproveitando cruzamento do zagueiro Igor, mas o Vasco chegou ao empate, levando a decisão para os pênaltis. E na decisão, brilhou a estrela do goleiro Kleber do Fluminense, que pegou até pensamento e ajudou o Flu a derrotar o Vasco por 8 x 7. Vencido o confronto, o Fluminense chegou à final da Taça Rio para enfrentar o Flamengo.

Era o dia 03 de abril de 2005 e o Maracanã recebeu um grande público para ver o Fla-Flu decisivo da Taça Rio. O Fluminense não deu chances aos rubro-negros e goleou por 4 x 1. Tuta abriu o marcador cobrando pênalti; Leandro fez o segundo, tocando no canto do goleiro Diego; Alex marcou o terceiro e Preto Casagrande, com leve toque de cobertura, fechou a goleada por 4 x 1. O Flu é campeão da Taça Rio pela segunda vez em sua história.

A vitória tão convincente sobre o Flamengo e a campanha arrasadora no segundo turno em que o Tricolor goleou praticamente todos os seus adversários deixou jogadores, comissão técnica e torcedores eufóricos. Campeão da Taça Rio, o clube agora teria pela frente na decisão do Campeonato Carioca, o Volta Redonda, Campeão da Taça Guanabara.

No primeiro jogo, pouco mais de 39 mil pessoas compareceram ao Maracanã para ver um jogo emocionante que terminou com a vitória do Volta Redonda por 4 x 3. O Fluminense chegou a estar vencendo por 2 x 0, mas permitiu a virada para 4 x 2, que foi minimizada com um gol de Tuta, já no finalzinho do jogo.

No segundo jogo, com mais de 71 mil espectadores presentes, o Fluminense conseguiu sensacional vitória sobre o Volta Redonda por 3 x 1. Podendo até empatar para ser campeão, a equipe da “Cidade do Aço” saiu na frente por intermédio de Fábio, quase acabando com o sonho do título estadual. Mas Tuta empatou ainda no primeiro tempo e Marcão virou no segundo tempo, o que levaria a decisão para os pênaltis novamente. Porém, aos 47 minutos do segundo tempo, quando todos já esperavam a decisão por pênaltis, eis que Leandro dá um chutão para a grande área e Antônio Carlos cabeceia para o fundo das redes, dando o gol do título carioca para o Fluminense. Nem deu tempo do Volta Redonda reagir. O Fluminense é campeão carioca novamente, confirmando a profecia cabalística de ser campeão carioca nos últimos campeonatos terminados em 5: 1975, 1985, 1995 e 2005.

Conquistado o 30º título estadual de sua história, o Fluminense, o maior campeão carioca de todos os tempos, iniciou a luta pelo título Brasileiro e da Copa do Brasil. Para isso, contratou o meia sérvio Petković, ídolo nos rivais Flamengo e Vasco, para ser o maestro do time em busca de um título nacional. Na Copa do Brasil, o Tricolor chegou às finais, mas perdeu para o modesto time do Paulista de Jundiaí, amargando o vice-campeonato no Rio de Janeiro, em jogo disputado em São Januário. Já no Campeonato Brasileiro, o clube chegou a liderar a competição, disputando o título rodada a rodada com Corinthians e Internacional. Mas faltando cinco rodadas para o término da competição, o Fluminense contrariou a lógica e perdeu todos os jogos, terminando em 5º lugar. Na Copa Sul-americana, o Flu foi eliminado pelo o Universidade Católica nas quartas de finais ao perder por 2 x 0 no Chile, após ter vencido o primeiro jogo no Rio por 2 x 1.

Enquanto o time profissional perdia as competições brasileiras e sul-americana, os times infantil e júnior do clube conquistavam o título mundial da categoria na Inglaterra e nos Emirados Árabes Unidos, respectivamente. Com sinais perceptíveis de organização, o Fluminense Football Club colhia os frutos do trabalho das divisões de base do Centro de Treinamento de Xerém e escrevia mais um feito sem igual no futebol brasileiro: o de campeão mundial nas categorias infantil e júnior de 2005.

A maneira como o Fluminense terminou o Campeonato Brasileiro de 2005, perdendo a vaga para a Taça Libertadores que parecia garantida nas rodadas finais, gerou um clima de insatisfação no clube que culminou com a saída do técnico Abel Braga e do goleiro Kleber, um dos principais responsáveis pela perda da vaga.

No ano de 2006, apesar de ter um elencos forte tecnicamente, o Fluminense sofreu com graves erros de gestão, por conta de falta de um planejamento adequado, fazendo com que o clube trocasse seis vezes de técnico, o que levou o Fluminense a ter um rendimento insatisfatório no futebol profissional, muito parecido com o ano de 2003, quando, após as grandiosas comemorações de seu centenário no ano anterior, o Fluminense começou a sua preparação mais tarde do que os clubes que tiveram sucesso naquele ano e por isto mesmo teve inúmeros problemas de contusão em seu elenco profissional por preparação física inadequada e depois tentativas passionais em sua gestão visando tentar corrigir os erros anteriores.

Em 2006, na Copa Sul-Americana, disputou a primeira fase contra o Botafogo, vindo a se classificar nos pênaltis após dois empates por 1 a 1. Na fase seguinte o Fluminense acabou eliminado pelo Gimnasia y Esgrima de La Plata, da Argentina, ao empatar o primeiro jogo por 1 a 1 e perder o seguinte na casa do adversário por 2 a 0

Nas 4 Copas Sul Americanas disputadas por clubes brasileiros entre 2003 e 2006, o Fluminense disputou 3, contabilizando 5 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, 18 gols pró e 11 contra, sendo até então o quarto clube brasileiro que mais pontuou na história desta competição. A melhor campanha tricolor foi em 2005, quando caiu nas quartas-de-finais, terminando em quinto lugar. Até este último jogo da Copa Sul-Americana contra o Gimnasia, no período entre 1968 e 2006, o Fluminense disputou 149 partidas contra clubes ou Seleções estrangeiras (desconsiderando jogos contra clubes brasileiros no exterior ou em competições internacionais nestas estatísticas), com 76 vitórias, 37 empates, 34 derrotas, 291 gols a favor e 183 contra.





Campeão da Copa do Brasil e Vice da América (2007 a 2008)

O Fluminense refez o seu time em 2007 a após um péssimo Campeonato Carioca chegou à sua terceira final da Copa do Brasil, desta vez sendo campeão contra o Figueirense, ao vencer o segundo jogo da decisão por 1 a 0 em Florianópolis (com gol de Roger), após ter empatado o primeiro jogo decisivo por 1 a 1 no Rio de Janeiro, com todos os 64.669 ingressos colocados à venda no Maracanã tendo sido vendidos com antecedência de 48 horas, já que o grande estádio ainda está finalizando as obras para fazer parte do complexo esportivo dos Jogos Pan-americanos de 2007 e ainda não tinha condições para atender a sua capacidade máxima de cerca de 90.000 espectadores, como ocorreu após o fim das reformas. Para chegar ao título de campeão da Copa do Brasil, o Fluminense passou pela Adesg (2 a 1 e 6 a 0), América Futebol Clube (RN) (0 a 1 e 2 a 1), Bahia (1 a 1 e 2 a 2), Atlético Paranaense (1 a 1 e 1 a 0), Brasiliense (4 a 2 e 1 a 1) e Figueirense (1 a 1 e 1 a 0), com isto classificando-se para disputar a Taça Libertadores da América em 2008. Adriano Magrão e Alex Dias foram os artilheiros tricolores nesta competição, com 4 gols cada um.

Ao final da Copa do Brasil de 2007, o Fluminense totalizou 91 jogos na história desta competição, com 48 vitórias, 26 empates e 18 derrotas, 166 gols pró e 103 contra, tendo estado presente em 14 edições, sendo esta a sétima melhor performance entre os clubes que já disputaram o segundo torneio mais importante do Brasil até 2007. As maiores vitórias tricolores até então foram de 6 a 0 contra a Adesg na campanha de 2007 e de igual placar sobre o Maranhão Atlético Clube em 4 de Maio de 2000.

No dia 12 de Maio de 2007, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou lei que declara o dia 21 de Julho como o Dia do Fluminense e dos Tricolores, não por acaso o dia da fundação do clube [9].

No Campeonato Brasileiro de 2007 o Fluminense terminou em quarto lugar, sendo esta a nona vez que o Tricolor terminou entre os quatro primeiros colocados deste campeonato, a melhor performance de um clube do Estado do Rio de Janeiro neste quesito. Considerando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, precursor deste campeonato, esta seria a décima vez. Thiago Neves, o seu camisa 10, ganhou a Bola de Ouro da revista PLACAR, como o melhor jogador desta edição, em que Thiago Silva também foi eleito, neste caso como um dos zagueiros para a seleção do campeonato.

Tendo terminado o Campeonato Carioca de 2008 em terceiro lugar, o Fluminense foi o clube que mais somou pontos entre todos os participantes da Copa Libertadores da América 2008 na primeira fase desta competição, habilitando-se a disputar a segunda partida das demais fases eliminatórias, no Maracanã.

Na primeira fase o Fluminense superou a LDU (Equador, 0 a 0 e 1 a 0), o Arsenal de Sarandí (Argentina, 6 a 0 e 0 a 2) e o Libertad (Paraguai, 2 a 1 e 2 a 0). Nas Oitavas-de-Finais eliminou o Atlético Nacional (Colômbia, 2 a 1 e 1 a 0) e nas Quartas-de-Finais, o São Paulo (Brasil, 0 a 1 e 3 a 1, quando um público de 72.910 pessoas compareceu ao Maracanã, sendo 68.191 pagantes)para ver o uma das partidas mais marcantes do torneio em que o o Flu vencia por 2 a 1 placar que era favorável ao time paulista, Washington fez e cabeça aos 46 minutos do 2º tempo classificando assim o Flu. Na Semi-Final, o Fluminense disputou as semifinais contra o Temido Boca Juniors, da Argentina, obtendo empate por 2 a 2 na primeira partida em Buenos Aires, e vitória por 3 a 1 no jogo de volta no Maracanã, (com Gols de Washington, Conca e Dodô) perante 84.632 torcedores (78.856 pagantes), classificando-se para a final contra a LDU, com quem já jogou na primeira fase desta competição, em um grupo que era chamado pela imprensa internacional de Grupo da Morte, pela competitividade dos clubes participantes.

Na primeira partida da fase decisiva, no Estádio Casablanca, em Quito, a LDU venceu o Fluminense por 4 a 2. Enquanto aguardava-se a partida de 2 de julho no Maracanã, os 78.918 ingressos colocados à venda foram esgotados em poucas horas de venda ainda no dia 23 de junho, batendo o recorde brasileiro de renda em partidas entre clubes, tendo sido arrecadados R$ 3.910.044,00 apenas com a venda de entradas. Após uma excelente partida, perante 90.027 torcedores presentes,o Fluminense derrotou o adversário por 3 a 1, com três gols de Thiago Neves, levando a decisão para os pênaltis, quando foi derrotado por 3 a 1.

Apesar da derrota na final, o apoio dos torcedores ao técnico Renato Portaluppi e ao time foi incondicional, vista a excelente campanha do time no campeonato mais importante para os clubes sul-americanos. Ressalta-se, portanto, que em 9 anos o Fluminense carioca passou da Série C para a final da Libertadores, resgatando o prestígio que o clube sempre teve, exceto na segunda metade da década de 1990, um período curto, mas difícil para os tricolores.

No Campeonato Brasileiro de 2008, tendo optado por disputar metade do campeonato com o time reserva para priorizar a disputa da Copa Libertadores da América, o time lutou contra o rebaixamento até a penúltima rodada, onde empatou com o São Paulo no Morumbi por 1 a 1, acabando com as possibilidades de rebaixamento.

Na última rodada, a torcida tricolor levou 51.172 torcedores presentes contra o Ipatinga (MG),na despedida de seu Zagueiro ídolo Thiago Silva que iria se transferir para o Milan, da Itália. com o empate por 1 a 1 o Fluminense terminou o campeonato na 14ª posição classificando-se para a Copa Sul-Americana de 2009, e o seu atacante Washington terminou como artilheiro desta edição do Campeonato Brasileiro, tendo marcado 21 gols.

O seu zagueiro Thiago Silva foi eleito o melhor zagueiro-central do Campeonato Brasileiro de 2008 e ainda ganhou o CRAQUE DA GALERA estabelecido pelo Globoesporte.com, como o melhor jogador deste campeonato, eleito por voto popular com 1.252.073 votos, cerca de 47% do total apurado.

Das categorias de base, o Fluminense, que tem conquistado vários títulos, tem tirado a base dos times profissionais que têm se destacado com a camisa tricolor neste início do Século XXI.

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